Parlamento da Juventude<br> longe dos jovens
A Organização Regional da JCP de Castelo Branco critica os moldes do Parlamento da Juventude, recentemente criado pela Câmara Municipal da Covilhã. Fazendo uma «análise negativa» do projecto, os jovens comunistas garantem que este «não é o caminho para aumentar a participação juvenil».
Numa nota à imprensa, a JCP considera que os critérios de selecção dos membros deste órgão são «injustos e elitistas». «A nível etário, a definição da juventude não se limita a pessoas com idade entre os 15 e os 20 anos. Depois, não são necessariamente os alunos melhor classificados que representam todos os seus colegas, mas sim as associações de estudantes», argumenta.
Para a organização, trata-se de uma tentativa de «pôr de partes as AEs eleitas pelos estudantes», salientando que o Parlamento da Juventude não tem espaço para outras associações e colectividade com concelho.
A JCP considera que o órgão agora criado não vai privilegiar a discussão dos problemas concretos da juventude, pois a ordem de trabalhos será a mesma da Assembleia Municipal, ou seja, «vão discutir-se assuntos que pouco ou nada têm a ver com os jovens». «Num órgão destes, que pretende aumentar a participação dos jovens, é um disparate que não seja um jovem a presidir a mesa e a definir a ordem de trabalhos», acrescenta.
Os jovens comunistas referem que, com esta medida, a autarquia pretende fazer acreditar que tem políticas de juventude. Considerando «inadmissível» que não exista um pelouro da juventude na Câmara Municipal da Covilhã, a JCP defende a criação de um conselho municipal da juventude – como já foi proposto pelos representantes da CDU –, onde se discuta questões que afectam os jovens e onde estes decidam as políticas de juventude juntamente com a autarquia.
A participação juvenil «aumenta com a criação do pelouro da juventude e do conselho municipal da juventude, mais financiamento e apoios às associações de estudantes e associações juvenis e políticas de juventude reais», garante a JCP.